Neste ano, o mês de agosto coincidiu com o sexto mês do calendário judaico, que é Elul. É considerado um tempo de preparação para as festas santas (Trombetas, Expiação e Tabernáculos) que ocorrem no sétimo mês de Tishrei. Durante Elul, os judeus ortodoxos levantam-se enquanto ainda está escuro para cantar uma série de orações chamadas Slichot.
Slichot é o plural da palavra “perdão” – Slicha. Acordar cedo para cantar essas orações demonstra compromisso e disciplina impressionantes da parte dos nossos vizinhos ortodoxos.
Durante esse mês do “perdão”, o ex-rabino-chefe dos sefarditas Amar foi visitar o atual líder, rabino Yoseph, para pedir perdão por uma ofensa. Infelizmente, Yoseph recusou-se a dar-lhe sequer um aperto de mão e enviou Amar de volta envergonhado.
Como é fácil ensinar sobre perdão, mas quão difícil é praticá-lo! Um dos fundamentos da nossa fé é este “triângulo” simples:
- Pedir perdão a Deus por nossos pecados,
- Pedir perdão àqueles que ofendemos,
- Perdoá-los quando nos ofendem.
Mateus 7.3: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?”
É fácil ver os erros dos outros e, no entanto, praticamente impossível enxergar os nossos. Quase todo mundo conhece seus defeitos, menos você. Como somos rápidos em apontar as falhas no outro, contudo nos recusamos a ouvir ou considerar quando rogam para nos arrependermos das nossas.
Mateus 6.14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.”
Há um “mecanismo de graça” que está sendo oferecido aqui. Todos temos pecados que não percebemos, e outros que ainda não superamos totalmente. Em ambos os casos, podemos liberar a operação da graça em nós perdoando os que estão à nossa volta.
Yeshua disse para perdoarmos uns aos outros até setenta vezes sete (Mateus 18.22; Gênesis 4.24). Isso parece muito? Usando a mesma medida, nossos próprios pecados também podem ser perdoados setenta vezes sete.
Salvação de Breslav
Em preparação para o Rosh Hashanah, o ano novo judaico, foram colocados cartazes nas ruas de Jerusalém citando o fundador da seita hassídica de Breslav, rabino Nachman (1772-1810, enterrado em Uman, na Ucrânia), dizendo que se alguém fizer uma oração sobre o seu túmulo, mesmo que seus pecados sejam grandes, o rabino Nachman intercederá para que essa pessoa seja salva e livre do inferno.
Se isso fosse verdade, seria uma ótima notícia. Na realidade, ela revela um engano muito comum e perigoso que existe entre os judeus ultraortodoxos de que rabinos que já faleceram podem salvá-los. Ironicamente, isso mostra que o conceito de que o perdão pode ser concedido pela fé num rabino justo é bem conhecido no judaísmo ortodoxo.
A verdadeira boa nova é que a salvação pode ser alcançada de fato pela fé no único Grande Rabino cujo túmulo está vazio.
Síria
As notícias israelenses da semana passada estavam repletas de preparações para o provável ataque contra a Síria pelas forças aliadas aos EUA. O ataque é obrigatório no sentido de que houve uma violação histórica de acordos internacionais que proíbem o uso de armas químicas. O assassinato em massa de cidadãos na Síria foi hediondo.
Por outro lado, as forças de oposição da Síria não são muito melhores, talvez sejam até piores. Ore para que o Presidente Obama tenha sabedoria para decidir se, quando e como atacar.
A Rússia e a China associaram-se à Síria numa aliança bizarra entre essas duas superpotências comunistas e o eixo xiita Hezbollah/Irã/Síria. Tanto o governo iraniano quanto o sírio anunciaram que farão um ataque a Israel se os EUA atacarem a Síria.
A Última Imigração Etíope
Na semana passada, 450 judeus etíopes chegaram a Israel, a última imigração da Etiópia autorizada pelo governo israelense. Isso fecha um capítulo da história espiritual que remete à visita da rainha de Sabá a Salomão (1 Reis 10) e ao encontro de Filipe com o eunuco etíope, chefe do tesouro da rainha Candace (Atos 8), abrindo o caminho para uma entrada histórica do Evangelho no continente africano. Oremos junto com nossos irmãos messiânicos etíopes para abençoar essa comunidade que hoje estabelece uma ponte espiritual entre Israel e a África.
Festas de Outono
Por favor, ore conosco:
- por nossas preparações para celebrar a Festa das Trombetas em Tel Aviv, numa reunião de oração envolvendo Adonai Roi, Tiferet Yeshua e outras congregações locais;
- pelo jejum multicongregacional e assembleia de adoração no Dia da Expiação com Ahavat Yeshua, Tiferet Yeshua, Maaleh Adumim e Melech Hamlachim;
- pela conferência a favor do destino conjunto de Israel e China durante a Festa dos Tabernáculos, organizada por Maoz e Revive Israel.
Esta será uma temporada intensa, mas todos esses eventos têm um significado bíblico e profético, com potencial para mudar a história.
O Jejum de Genebra
O Call-Geneva (Chamado de Genebra) é uma assembleia de oração e jejum marcada para o dia 5 de setembro, a mesma data da Festa das Trombetas, e também do Jeûne Genevois – Jejum Anual de Genebra. Suas raízes voltam a1567, quando o primeiro jejum foi convocado em favor dos cristãos protestantes perseguidos de Lyon, França. O ajuntamento em Jeûne Genevois visa restaurar o legado de Genebra de voltar-se a Deus em oração. Para mais informações, veja: www.thecallgeneva.com