As Festas Sagradas da Bíblia são tempos determinados que possuem um significado simbólico e profético. São uma espécie de parábola que pode ser entendida em vários níveis. Além dos sentidos agrícola e histórico na Torá, há também os cumprimentos das Festas Sagradas na Nova Aliança.
Os grandes eventos dos Evangelhos e do livro de Atos aconteceram durante as Festas Sagradas da primavera; e os grandes eventos do Fim dos Tempos parecem estar ligados às Festas do outono. Elas podem ser resumidas da seguinte forma:
Primavera:
Pessach (Páscoa) – Crucificação
Omer (Primícias) – Ressurreição
Shavuot (Festa das Semanas ou Pentecostes) – Descida do Espírito Santo
Outono:
Teruah (Trombetas) – Tribulação
Kippur (Expiação) – Segunda Vinda
Sukot (Tabernáculos) – Milênio
Na semana passada, celebramos a Festa dos Tabernáculos (Levítico 23.33-43). Os 70 novilhos do Sukot representam uma oração sacerdotal de intercessão pelas nações do mundo (Números 29; Deuteronômio 32.8). A simbologia agrícola consistia em trazer frutos e ramos e movê-los diante do Senhor em ação de graças (Neemias 8.9-18). No Sukot, as nações virão a Jerusalém para adorar durante o reino milenar (Zacarias 14.16).
Em João 12.12-15, pouco antes da sua crucificação, Yeshua entrou em Jerusalém montado num jumento enquanto o povo acenava com ramos de palmeira, dando-lhe as boas vindas com gritos de “Baruch Haba” e “Hosana”, chamando-o de “Rei de Israel”. Esse evento normalmente é conhecido como a “Entrada Triunfal”. Contudo, há alguns problemas com esse título. Talvez devêssemos chamá-lo de “Entrada Humilde”, ou de “Ensaio para a Entrada Triunfal”. Há, também, problemas em relação ao momento em que ocorre:
– Quem está familiarizado com a Torá reconhecerá imediatamente que ramos de palmeira devem ser agitados no Sukot, não no Pessach (Lv 23.40).
– Yeshua foi a Jerusalém pela primeira vez montado num jumento para sofrer e, com isso, oferecer-nos salvação (Zacarias 9.9); porém, na próxima, ele virá num cavalo branco para reinar em glória (Apocalipse 19.11).
– Embora fosse correto que as pessoas clamassem “Hosana” e “Baruch Haba” (“Bendito é o que vem em nome do Senhor”) para acolhê-lo, a mesma profecia previa que primeiro ele seria rejeitado pelos líderes religiosos (Salmo 118.22-26).
– Ao mesmo tempo em que ele é verdadeiramente o Rei de Israel, a fim de poder estabelecer seu reino, Yeshua deve vir não apenas como o Rei de Israel, mas também como o “Cabeça da Igreja” (Efésios 1.21).
[Para conhecer outros mistérios a respeito dos tempos e épocas, veja Mateus 16.3; 24.3; Marcos 11.13; Lucas 19.42-44; João 6.15; 18.36; Atos 1.6-7; Romanos 11.25, etc.]
Portanto, deve haver outro momento para um cumprimento maior. Ele estará ligado às Festas Sagradas do outono, não da primavera; será no último século, não no primeiro; e incluirá o remanescente de todas as nações, não apenas de Israel. Só então veremos a verdadeira “Entrada Triunfal”, para que o Rei Messias Yeshua entre em Jerusalém em toda a sua glória para governar sobre toda a terra em justiça, paz e alegria.
Conferência sobre o Destino do Reino Israel-China
Por favor, ore pela segunda conferência do Sukot, que acontecerá esta semana, para os cristãos da China continental com os líderes messiânicos de Israel (organizado por Maoz e Revive Israel). Houve um avanço significativo este ano quanto à importância dessa ligação, tanto entre os chineses quanto entre os israelenses. Ore especificamente pelas equipes de Maoz e Revive Israel, Paul Yang (um jovem apóstolo chinês), Paul e Francy Yeh (Melody of My Heart), e Ari Sorkoram (o presidente da conferência deste ano).
Frente Síria
O General Yair Golan, líder do comando das IDF (Forças de Defesa de Israel) do norte, foi entrevistado na semana passada a respeito do seu ponto de vista sobre a frente Líbano-Síria (Yediot, musaf, 18/9/13). Ele disse que, já que Assad não é capaz de governar efetivamente, e os rebeldes também não conseguem oferecer uma alternativa, é provável que a instabilidade dure ainda por muito tempo. Além disso, ele afirmou que apesar da falta de opções, não é moralmente aceitável que o regime atual continue no controle por ter assassinado dezenas de milhares de seus próprios cidadãos. O exército sírio já usou mais de 40% do seu arsenal de mísseis contra o próprio povo (do contrário, estariam provavelmente apontados para Israel).
Embora exista um número estimado em 6.000 combatentes da Jihad islâmica (ligados à Al Qaeda) na Síria, eles ainda são relativamente poucos e primitivos em comparação ao exército sírio e, portanto, representam uma ameaça menor neste momento.
Os conflitos recentes fortaleceram os laços no chamado “eixo do mal” (Hezbollah/Irã/Síria). O Hezbollah dobrou o seu arsenal de mísseis para mais de 100.000 (!) foguetes avançados desde 2006. Eles concordaram em enviar tropas para ajudar Assad desde que as armas continuassem a chegar até eles através da Síria. Muitas delas estão propositalmente localizadas em áreas ocupadas por civis, o que significa que, caso estoure uma guerra contra Israel, grande estrago atingiria as cidades libanesas.
Yom Kippur
A conferência de Yom Kippur foi extraordinária – mais um acontecimento significativo para o plano de Deus. O poder do Espírito foi manifesto em meio à comemoração da Festa Sagrada. Houve arrependimento, adoração, jejum e intercessão; o livro inteiro de Hebreus foi lido em voz alta; a unidade entre as congregações e os líderes foi perfeita (um milagre para nós, os judeus messiânicos!); os elementos da adoração tradicional de Chaim Warshawsky estavam poderosamente ungidos; houve revelação no ensino sobre quebrar as raízes das maldições que afligem tanto a Igreja quanto o povo judeu, sobre o significado do Dia da Expiação, sobre entrar no Santo dos Santos por meio do sangue, e muito mais. Obrigado por juntar-se a nós em oração.