Se Vivemos, Para o Senhor Vivemos”
Em “Um Memorial de uma Vida Verdadeira”, escrito pelo Dr. R.E. Speer, está registrado o seguinte ato definitivo de consagração de Hugh Beaver, um jovem de rara espiritualidade, cuja vida foi maravilhosamente usada entre seus colegas de escola, nos breves anos de serviço antes de Deus chamá-lo ao lar.
Kutztown, Pensilvânia, 16 de novembro de 1895
“Assim como estou – teu amor desconhecido
Lançou por terra todas as barreiras;
Agora, para ser teu, sim, teu somente,
Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho.”
“Neste 16º dia de novembro de 1895, eu, Hugh Beaver, entrego a mim mesmo espontaneamente, tudo o que sou e tenho, completamente, sem reservas, desqualificado para ele, a quem não tendo visto eu amo, em quem, apesar de não ver, eu creio. Comprado por um preço eu me entrego a ele que, pelo custo de seu próprio sangue, me comprou. Agora, encomendando-me a ele, o qual é capaz de me guardar dos tropeços e me apresentar diante de sua glória, sem mácula, com exultação; me confio a ele para todas as coisas, para ser usado como ele quiser e onde quiser. Selado pelo Espírito Santo, cheio com a paz de Deus que ultrapassa todo entendimento, a ele seja toda a glória, eternamente. Amém. (Fp 4.19)”
Hugh Beaver
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A Crise Espiritual de Johannes Tauler
Johannes Tauler nasceu em Strassburg, Alemanha, cerca do ano 1290. Ele foi um dos mais proeminentes representantes do misticismo medieval alemão, e um dos maiores pregadores do seu tempo. Fez muito para preparar o caminho para Lutero e a Reforma. Seu dom de pregação era tão grande que “toda a cidade pendia de seus lábios”.
Certo dia, Tauler ficou muito surpreendido quando um humilde suiço, pertencente à Sociedade dos “Amigos de Deus”, chamado Nicolas de Basle, atravessou as montanhas, entrou no seu lugar de culto, e lhe disse: “O senhor precisa morrer, Dr. Tauler! Antes que possa fazer o seu maior trabalho para Deus, para o mundo e para esta cidade, o senhor precisa morrer para si mesmo, para seus dons, sua popularidade e até mesmo sua bondade, e quando tiver aprendido o total significado da Cruz, terá um novo poder junto a Deus e aos homens.”
A princípio ele ficou ofendido com esta intromissão, mas por fim deixou seu púlpito por algum tempo, e se recolheu para meditar, orar e fazer um exame do seu coração. À medida em que a visão se tornou mais clara, ele veio a reconhecer quanto do seu ministério tinha sido inspirado pelo desejo inveterado de impressionar, não simplesmente por amor a Cristo, mas visando manter e aumentar seu próprio prestígio. Acabou finalmente por deixar a “glória da vida morta” ao pé da Cruz, e resolveu ter um objetivo, e apenas um, Jesus Cristo e este crucificado. A partir daquele momento sua pregação começou a ajudar as pessoas como nunca o fizera antes e preparou o caminho para Lutero e a nova era da Reforma.
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Digno de Nota:
“Não sou mais meu, mas teu. Coloca-me onde quiseres, ao lado de quem quiseres; faze-me trabalhar, faze-me sofrer; permita que seja empregado para ti ou posto de lado para ti; exaltado ou humilhado por ti, permite que esteja cheio ou vazio, que tenha tudo ou nada tenha; livremente e de todo o coração entrego todas as coisas ao teu prazer e disposição.”
John Wesley
“Tenho apenas uma paixão – Ele, e Ele somente.”
Nicolaus L.von Zinzendorf
“Cristo não tem valor nenhum – a menos que o seu valor esteja acima de tudo.”
S. Agostinho