30 de dezembro de 2024

Ler é sagrado!

Testemunho de Impacto: Nove Dias Para Abrir Uma Porta!

Por: G. C. Bevington

Eu estava numa reunião em Ohio, (EUA), quando um homem que trabalhava numa madeireira chegou e me disse: “Ó, o senhor deveria conduzir uma campanha lá onde eu moro, a uns 35 km daqui.”

Ao orar sobre isto, senti que deveria dar mais atenção ao assunto. Assim que terminei as reuniões onde estava, fui para a mata, buscar a mente de Deus, e logo senti fortemente que deveria ir. Mas como estava enfrentando alguns problemas mais difíceis naquele tronco oco, concluí que deveria esperar mais tempo diante de Deus, a fim de obter uma certeza maior. Assim, passei mais 48 horas neste hotel espaçoso (o tronco oco), completando 120 horas para pegar minhas instruções direto do quartel general. Amém!

Posso lhe dizer que vale a pena saber o que estamos fazendo quando se trata de fazer a obra de Deus e obedecer a ele. É aí que muitos encontram problemas, pois já tiram conclusões muito rápido, quando deveriam ir mais devagar. O irmão Knapp ensinava que em cada dez impressões que recebemos, nove são de Satanás, por isto precisamos esperar, ficar quietos, chegar ao lugar onde Deus pode de fato falar conosco.

Então busquei a mente de Deus, e ele me deu uma certeza muito clara que era sua vontade que eu fosse àquele lugar. “Ah”, você vai dizer, “mas o que era, ou como era, esta certeza?”

Bem, continue lendo, que terá um bom exemplo disso aqui.

Depois que eu ficara bem quieto, livre de tudo o mais que havia na minha mente, Deus me mostrou a estrada que deveria tomar, depois uma moita de árvores e um caminho pouco usado que virava para a esquerda, e descia para uma escola. A escola estava numa ladeira, e atrás da escola passava um córrego, e atrás disso uma grande roça de milho, com uma grande casa de fazenda e um moinho nos fundos.

Então eu disse: “Amém, Senhor, isto já basta para mim”. Saí rastejando do tronco, desci para a casa onde estava hospedado, e contei à família para onde estava partindo. Tomei uma refeição, e parti para a caminhada de 35 quilômetros, com duas malas pesadas, cheias principalmente de livros para vender.

Andei até o pôr do sol, e parei numa casa para pedir água. Entreguei folhetos, e falei sobre a salvação para o dono da casa, e contei também sobre o lugar para onde estava viajando. Falei tanto com ele e sua esposa sobre a salvação, que ficou de noite, e ofereceram-me pousada. Na manhã seguinte o homem começou a falar que o lugar para onde eu pretendia ir não era um bom lugar, que o povo lá era muito duro, e que havia uma igreja ali por perto da casa dele, onde não havia ninguém para conduzir as reuniões. Ofereceu-me lugar para ficar, o tempo que eu quisesse para orar, e todas as condições necessárias. Parecia ser uma oferta razoável, e muito lógica, o que é uma grande armadilha de Satanás, e também é onde consegue muitas vítimas.

Agora você percebe o quanto foi importante ter orado até ter certeza da vontade de Deus, e até receber instruções claras e definidas, mesmo que isto tivesse levado 120 horas! Pois do contrário Satanás teria uma boa chance de desviar-me para outra direção através deste convite atraente. Por isto, apesar de ainda mais insistências, falei que precisava continuar minha viagem, mas que talvez pudesse voltar depois.

Continuei entregando folhetos por todo o caminho, e quando cheguei mais próximo do meu destino, falava às pessoas para onde estava indo, e com qual propósito.

Uma mulher demonstrou bastante dúvida, dizendo que o povo ali era muito pecador e ímpio. “Ah”, ela disse, “Seria tão bom se realmente conseguisse fazer umas reuniões ali, mas…”

Quantas pessoas param naquele “mas”! Porém, continuei caminhando. Em outra casa onde fui pedir água, uma mulher também contou a respeito da maldade das pessoas naquele lugar, e que o próprio marido dela passava todo o final de semana bebendo e jogando cartas; falou também com tristeza que seu marido até levava a filha de treze anos para cozinhar para a turma, e de como isto a preocupava.

Ainda antes de chegar ao local que Deus me mostrara, fui convidado outra vez para tomar conta de uma igreja Batista abandonada, e um outro casal me contou como seria uma perda de tempo tentar fazer alguma coisa naquela região, pois todos que tentaram antes fracassaram. Assim fui caminhando e orando: “Ó Deus, esta é a tua obra, o que tudo isto significa?” E a única resposta que me vinha era: “O que te importa? Segue-me adiante!”.

Este último casal ainda me ofereceu um quarto, e um valor em dinheiro se eu ficasse ali na sua vizinhança, o que poderia facilmente ter me induzido a ficar, se eu não tivesse recebido minhas ordens lá atrás naquele tronco oco. Assim preferi obedecer a Deus e correr todos os riscos que estavam prevendo para mim, do que aceitar outros convites.

Logo depois vi o caminho virando para a esquerda, e descendo para a escola, próximo à moita de árvores, e todas as outras coisas estavam exatamente como Deus me mostrara em visão. Sabia que era o lugar para onde Deus me mandara. Desci para o prédio da escola, mas estava trancado. Passei no meio de mato mais alto do que minha cabeça, até os fundos do prédio, e ali caí no meu rosto e louvei a Deus por me ter trazido até o lugar certo.

“Pai”, eu disse, “Sou tão grato que cheguei até aqui, e que pude evitar todos os inimigos que tentaram me desviar do alvo certo. Obrigado por me ter dado ordens tão claras, e porque agora, ainda que tenha que enfrentar outros gigantes, tentando me amedrontar, tu hás de me preservar e capacitar.”

Fiquei ainda algum tempo ali, louvando e agradecendo a Deus, até que ele desceu e encheu minha alma de glória. Depois me levantei, e saí para procurar o responsável pela escola. Na primeira casa onde parei para pedir informações, a senhora me indicou a casa do Sr. João, e depois perguntou: “O senhor não é pregador? Não vai fazer reuniões ali na escola?”

Quando respondi que pretendia, ela disse: “Ah, espero que consiga, mas…”

Ali estava de novo o “mas” dos homens. Porém, como eu não estava me baseando nestes “mas”, segui o meu caminho.

Quando cheguei à casa do Sr. João, vi um sujeito enorme carpindo no campo. Depois de cumprimentá-lo, apresentei-me como um evangelista “holiness” (pregador de santificação).

“Um o quê?” ele perguntou. “Já vi muitos tipos de evangelistas, mas nunca vi um com este nome! O que você quer de mim?”

Quando expliquei que queria usar o prédio da escola para fazer reuniões, e levar as pessoas à salvação, ele respondeu que não poderia fazer isto, já que os bancos estavam todos danificados. Contudo, convidou-me para almoçar na sua casa. Sua esposa estava visivelmente triste porque seu marido não quis abrir a escola para as reuniões, e quando terminamos de almoçar, ele me falou de uma outra escola que acabaram de construir a poucos quilômetros dali, onde as pessoas queriam achar um pregador para dirigir umas reuniões.

Levando me até à frente da sua casa, ele me disse: “O lugar chama-se Pumpkin Hollow. Espero que tenha sucesso ali.” E então me deu instruções para chegar lá.

Peguei minhas malas e comecei a andar, perguntando ao Senhor: “Bem, Senhor, para onde vou agora?”

E novamente, a única resposta foi: “O que te importa? Segue-me adiante!” Então fui andando, até chegar a um morro, onde havia um caminho à direita, e uma voz me disse: “Este é o seu caminho”. Então subi aquele imenso morro com minhas duas malas. “Senhor”, eu insisti, “para onde vou?”

“O que te importa?” foi a resposta novamente. Então cheguei ao topo, e deixei as malas caírem embaixo de um carvalho bem grande. A mesma voz, então, me disse agora: “Este é o lugar.”

Agora, você se lembra que o obstáculo a fazer as reuniões no local onde Deus me enviara era aquela porta trancada. Então simplesmente fiquei embaixo daquela árvore durante nove dias e nove noites. Não comi nada, nem senti vontade, tamanha era a carga que pesava sobre meu espírito para abrir aquela porta trancada. Eu sabia que Deus me enviara àquele lugar para fazer as reuniões, e que Satanás agora estava tentando impedir. Minha tarefa agora era orar até que a porta se abrisse, pois não adiantaria derrubá-la, e ir embora e desistir seria desobedecer a Deus e ignorar seus desejos e ordens.

Talvez você esteja questionando: “Por que levou nove dias para obter a resposta?” Simplesmente porque não consegui ficar quieto o suficiente em menos tempo.

Depois das primeiras vinte e quatro horas, Satanás veio e discutiu a situação comigo. Tive conflitos com ele quase todos os dias, principalmente sobre a opção de ir para Pumpkin Hollow. Isto certamente seria algo muito melhor do que estar prostrado ali embaixo de uma árvore, onde provavelmente pegaria uma gripe que me impediria de fazer mais reuniões durante todo o resto daquele ano, e talvez até me colocaria de forma prematura na sepultura!

De fato, choveu três vezes enquanto estava naquele lugar, esperando para Deus abrir a porta daquela escola. Então era uma coisa após outra, durante os oito primeiros dias. Mas no início do nono dia, percebi que estava começando a me aquietar; e na quinta hora daquele dia, levantei-me de onde estava prostrado, levantei a Bíblia, e louvei a Deus crendo que a porta certamente seria aberta.

“E agora, Sr. Diabo”, eu disse, “se tiver mais algum material lá no inferno, pode trazer aqui, pois estou pronto!”

Eu já havia enfrentado todas as dúvidas dele com a Palavra de Deus. E agora ele não conseguiu produzir mais nenhuma proposição contrária, pois já esgotara completamente todos seus recursos das trevas, e estava completamente derrotado.

Então caí de rosto no chão outra vez, sentindo certeza de que estava bem próximo da vitória. Ao meio-dia, vi que estava realmente me aquietando, e como estava ansioso para ficar completamente quieto! Várias vezes até segurei minha respiração, pois parecia que estava ficando tão próximo do meu objetivo, e que o menor desvio ou atividade carnal o tiraria do meu alcance novamente. Enquanto isso, fui me tornando cada vez menor, e ainda menor, até que me vi como um vermezinho, com menos de três centímetros de comprimento. Comecei a dizer baixinho:

“Glória, glória”, e vi que não estava perdendo terreno, mas pelo contrário, que a vitória estava muito próxima.

Às 2h15 da tarde, eu estava tão completamente quieto no meu interior, que eu disse: “Agora, Senhor, tu vais abrir aquela porta”. De repente, ouvi uma chave entrar na fechadura, girar lá dentro, e vi a porta se abrindo. Ao abrir, a porta deixou uma marca circular, onde raspou no chão. Exclamei: “Ó glória, está aberta!”

Mas como houve tanta oposição a estas reuniões desde o início, senti-me no direito de fazer como Gideão, e pedir duas confirmações. Então caí com o rosto em terra outra vez e pedi a confirmação ao Senhor. Fui me aquietando novamente, e dentro de quinze minutos estava tão pequeno quanto antes. Depois de mais cinco minutos vi tudo que vira anteriormente, a porta se abrindo e a marca que deixou no chão. Então com um salto me coloquei em pé, e vi que eram vinte e cinco minutos para as três horas. Continuei por um tempo louvando a Deus pela maravilhosa vitória após os nove dias de conflitos, e peguei minhas malas e desci o morro.

Chegando à casa do Sr. João, ele me perguntou: “Como está Pumpkin Hollow?” Quando não fiz nenhum comentário a isso, ele insistiu: “Foi bom o seu tempo lá, não foi?”
“Ah”, eu respondi, “tenho passado excelentemente bem estes dias!”
“Imaginei que sim”, ele disse. “Suba à casa para almoçar.”

Quando cheguei lá, a esposa dele contou o que acontecera durante os nove dias que passei embaixo da árvore. Durante a minha caminhada de trinta e cinco quilômetros para chegar àquele lugar, eu havia distribuído folhetos e conversado com muitas pessoas pelo caminho, contando o meu propósito de fazer reuniões naquela escola. Enquanto eu estava orando e esperando em Deus, o Senhor estava movendo sobre os corações, e várias pessoas começaram a ligar para o Sr. João perguntando sobre as reuniões. Por fim, ele se cansou disso, e decidiu ceder a escola e abrir a porta. E foi exatamente no momento da sua decisão que ouvi a chave abrindo a porta, ali embaixo da árvore.

Depois de almoçar, ela me deu a chave, e desci para abrir a porta. Sr. João estava no campo, e ao passar por perto, ele me disse: “Fique à vontade ali; pode ser que algumas mulheres e crianças apareçam, porque os homens formaram um grupo para caçar raposas, e saímos para caçar todas as noites.”

“Tudo bem”, respondi. E fui abrir a porta. Ao abri-la, a porta fez a marca circular no chão, exatamente conforme vira na visão. Então glorifiquei a Deus, chorei, ri e gritei por quase uma hora, tão comovido que Deus se dera ao trabalho de me mostrar detalhes tão pequenos a fim de me assegurar que estava no caminho certo.

Depois disso, fechei a porta, e prostrei-me outra vez para fazer um ataque maciço contra aquele clube de caça. Orei somente neste sentido, desde as 4h00 até às 7h30, clamando em favor daqueles trinta homens em favor de quem Deus enviara seu Filho.

Às 7h30, ouvi uma algazarra lá fora, com latidos de cães e vozes de homens, e o capitão do grupo, que era o Sr. João, chamou os outros para entrar e ver o que o pregador estava fazendo.

Levantei-me, cumprimentei a todos, e entreguei um livro de cânticos a cada um, e disse: “Agora vamos cantar um pouco.”
“Bem”, disse o capitão, “só vamos ficar alguns minutos.”
“Tudo bem”, eu respondi, “enquanto estiverem aqui, podem nos ajudar a cantar.”
Então curvei minha cabeça, e pedi a Deus o que deveria cantar. Parecia que tudo dependeria daquele primeiro cântico. Na hora veio para mim o cântico: “Haverá Alguma Estrela na Minha Coroa?”

Pensei que esta não seria uma boa escolha para um bando de pecadores, mas não ousei discutir. E quando o sugeri, todos concordaram imediatamente. Todos cantaram com grande entusiasmo, e antes de terminar, o lugar estava cheio. Cantamos vários outros hinos, e posso lhe dizer que aquele culto de louvor acabou com o clube de caçar raposas! Só comecei a pregar às 8h30, e depois cantamos mais. No dia seguinte, chamei o capitão do clube para ajudar a dirigir os cânticos, o que o entusiasmou mais ainda. Na quarta noite, o capitão estava em lágrimas no final da pregação, e ele chamou seu grupo inteiro de 30 homens para ir à frente e buscar esta salvação de Deus. Todos foram para frente, e começaram a orar. O capitão foi o primeiro a encontrar-se com Deus, por volta da meia-noite, e passou a orar pelos demais, andando entre eles, encorajando e exortando até às quatro da manhã.

Ao todo fiquei ali durante nove semanas, e mais de 200 pessoas chegaram ao altar para buscar a salvação. Portanto, vale a pena obedecer a Deus, mesmo que o caminho fique confuso e obscuro por um tempo!

Extraído do livro “Remarkable Incidents and Modern Miracles Through Prayer and Faith” (Milagres Atuais e Incidentes Notáveis por causa da Oração e da Fé). G. C. Bevington foi um homem de muita fé e oração que viveu no fim do século XIX e início do século XX.

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