Por: Bill Elliff
“Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu” (Sl 43.4).
Todo cristão comprometido frequentemente se envolve em coisas das quais depois sente profunda repulsa. As questões habituais contra as quais lutamos – aquelas áreas de fortaleza que são nossa maior batalha – são o nosso dilema. Depois de cedermos a uma delas, perguntamos a nós mesmos: “Como pude praticar isso? Eu sabia que não deveria!” Ou: “Por que continuo voltando àquilo que sei que está errado?”
Fazemos isso por causa de alegria.
Fomos planejados e desenhados para isso. Deus colocou no nosso circuito interno a busca pelo prazer. Temos, no fundo da nossa essência humana, um estímulo que nos impulsiona atrás do deleite. Não há nada de errado com esse desejo. Na verdade, é um instinto eternamente correto e espiritualmente essencial.
O inimigo da nossa alma sabe muito bem disso e usa-o contra nós. Satanás vive nos tentando a satisfazer desejos legítimos de forma ilegítima. Foi sua primeira grande manobra contra nossos ancestrais no jardim.
Quando Eva viu que a árvore proibida era “boa para se comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento” (Gn 3.6), ela ficou intrigada e atraída. Ela queria a alegria que pensava que possuiria se comesse do fruto proibido.
Até hoje, o inimigo não precisou mudar de tática. Se você examinar cada tentação contra a qual tem lutado, verá que na raiz dela há um chamado para alegria. Somos enganados vez após vez, acreditando em vão que, naquele momento, aquele vício específico nos trará o deleite que é o nosso anseio.
Deus sabe disso muito melhor do que nós, obviamente. E ele sabe exatamente o que nos poderá dar abundância de gozo e prazer. Se você parar e escutar seu Pai em silêncio, ouvirá sua voz lhe perguntando: Você não acha que sei o que lhe dará a mais perfeita alegria?”
Deus deseja o nosso prazer. Como Pai perfeito que é, ele fica encantado quando nós estamos encantados. Ele se deleita no nosso deleite. E ele sabe que esse deleite pode ser encontrado em um único lugar.
“Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11).
“Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria” (Sl 43.4).
“Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração” ( Sl 37.4).
“Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber. Pois em ti está o manancial da vida” (Sl 36.8,9).
Nosso problema, como sempre, é incredulidade. Na escolha entre o prazer físico (que conseguimos controlar e ao qual temos fácil acesso) e o êxtase espiritual da presença de Deus, nossa tendência é optar pelo sensual e imediato. No fundo, não acreditamos que Deus sabe o que nos dará verdadeira alegria. Entregamo-nos ao prazer temporário, o que só nos causa sentimentos prolongados de culpa, vergonha e tristeza. Nossa incredulidade sempre causa a perda da “grande alegria” que só pode ser encontrada na intimidade com Deus.
Nunca seremos felizes – genuinamente felizes – enquanto não formos ao altar de Deus, ao Deus da nossa grande alegria. Ele arranjou as coisas dessa forma para ajudar-nos a encontrar a fonte verdadeira. Qualquer outro caminho deixará na nossa boca o gosto ácido do paraíso perdido e a insistente sensação de que acabamos de perder o que mais nos importa – a única coisa que poderia nos dar verdadeiro deleite.
Extraído do site www.lifeaction.org.
Uma resposta
Muito importante a prática desse texto.
Obrigada.