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Os Cristãos Devem Trabalhar Arduamente Esperando a Recompensa de Seu Trabalho

Por: Élmer G. Glassen

Todos trabalham porque esperam ser recompensados por isso. Nenhum voluntário dá algo sem a expectativa de recompensa de uma maneira ou de outra pelo que fez. A idéia de que alguém é motivado somente pelo amor, sem a intenção de ser recompensado pelo trabalho realizado é uma fantasia que não está baseada em fatos e que não pode ser provada pela verdade ou pelo exemplo. Não conhecemos nenhum mandamento que nos proíba de trabalhar pela recompensa e nos alegrar com ela. Desconhecemos o exemplo de alguém que não tenha trabalhado ou trabalhe pela recompensa nesta vida ou na vida por vir. Porém, freqüentemente, ouvimos cristãos apregoando serem motivados pelo amor, sem esperar recompensas pelo trabalho feito. Isto, simplesmente, não é verdade.

Deus nos ensina, através de palavras e exemplos, a trabalhar tenazmente pela recompensa. As Escrituras nos ensinam a trabalhar pela recompensa e a encorajar outros a fazerem o mesmo. Isto deveria encher os corações dos verdadeiros cristãos com muita alegria e os corações dos “assassinos, dos sexualmente imorais…” com muito temor ao lerem Apocalipse 22:12: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra…” Se esta promessa não leva você a se alegrar com a recompensa de nosso Senhor àqueles que trabalharam intensamente por Ele, então alguma coisa está faltando em sua vida ou em sua compreensão das Escrituras.

O Senhor Jesus trabalhou pela recompensa e ensinou Seus discípulos a fazerem o mesmo. Ele é o nosso melhor exemplo de não somente se alegrar com as recompensas, mas de conseguir força para realizar Sua tarefa na terra por causa das recompensas que vèm após um trabalho difícil. “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta. . .” (Hb 12:2).

Alegria Na Vitória

Não pode haver vitória sem luta. A alegria maior será dada aos cristãos que se têm empenhado ativamente em suas batalhas na terra para a glória de Cristo.

E maior alegria haverá quando a batalha terminar e o soldado puder ir para casa. Nossa luta é saquear nosso inimigo e tirar dele, pela oração e pela fé, tudo o que Satanás tomou para si daquilo que antes pertencia a Deus. As recompensas pela vitória são sempre boas, mas não há maior alegria e recompensa pela vitória do que a do verdadeiro cristão que tem lutado nas batalhas do Senhor aqui na terra. A alegria de ir para casa e receber as recompensas pela vitória é o que mantém o soldado lutando no campo de batalha.

Não haverá recompensa maior para o homem, em nenhum tempo ou lugar, do que as recompensas prometidas para a igreja. O que inspira a igreja é a recompensa a ela prometida Negligenciar a verdade de receber as recompensas prometidas é reflexo de uma compreensão errônea a respeito de Deus. Nada levantará mais os corações dos cristãos do que a certeza das recompensas prometidas aos fiéis. Os anjos louvam e adoram a Deus dia e noite, mas não se alegrarão nem serão honrados como aqueles que trabalharam pelas recompensas aqui na terra.

Os cristãos que têm fé em Deus trabalham visando as recompensas. Ninguém é tão tolo a ponto de trabalhar por recompensas de um Deus que não conhecem ou em quem não confiam. Trabalhar pela recompensa é ter fé em Deus e agradar a Ele.

O Senhor recebeu uma pequena amostra da alegria das recompensas quando os setenta e dois discípulos voltaram de sua viagem missionária entre os lobos deste mundo. Eles contaram que os demônios tinham se submetido a eles em o nome de Jesus, e sentiram que Deus estava com eles. “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas, assim é, ó Pai, porque assim te aprouve…” Aqui o Senhor demonstrou Sua maior alegria na terra quando viu o Pai recompensando os ignorantes deste mundo com autoridade e poder de Deus.O apóstolo Paulo orgulhava-se de ter trabalhado mais do que todos os outros apóstolos e esperava ser recompensado por isso. Nós, por outro lado, advertimos os cristãos de hoje a não trabalharem tão arduamente. Nós os chamamos de fanáticos pelo trabalho, quando o fazem. Entretanto, nós os encorajamos a praticar esportes, participar de concursos e a dar o melhor de si nos passatempos, sem chamá-los de fanáticos pelo esporte ou pelo passatempo. É muito sério criticar os homens de Deus, pais ou maridos, por serem fanáticos pelo trabalho. Estamos, assim, identificando-os com os “devassos, avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões ou roubadores” com os quais não devem nem sequercomer(ICo 5:11). A Bíblia não nos adverte por trabalharmos com afinco, e sim para que não sejamos preguiçosos.

O apóstolo Paulo ensinou seus seguidores a trabalharem com empenho. Ele escreveu: “E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos” (I Co 4:12). Certa feita ele se vangloriou: “Não sois vós a minha obra no Senhor?” (I Co 9:1). Todas as dificuldades que Paulo enfrentou pela causa de Cristo, pelas quais esperava recompensa, ele chamava “trabalhos fatigantes” (il Co 6:5). Ele suportou muitas dificuldades e esperava ser recompensado por elas. Teve suas recompensas já nesta vida, mas suas maiores recompensas ele as esperava na vida por vir. Por que não nos encorajamos mutuamente a trabalhar pelas recompensas desta vida e da vida por vir? Vez ou outra ouvimos admoestações de cristãos em razão de nos tornarmos fanáticos pelo trabalho. Muito estranho, na verdade, para alguém que passa muito tempo lendo a Bíblia.

Paulo alegrava-se quando os outros trabalhavam. Em Filipenses 2 ele escreve sobre seu querido,amigo e companheiro de militância, Epafrodito, que quase morreu de tanto trabalhar, um “fanático pelo trabalho”, de acordo com alguns cristãos. Mas Paulo o elogiou por isso. Para a igreja de Filipos ele escreveu: “Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo, e tende-o em honra, porque pela obra de Cristo chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida para suprir para comigo a falta do vosso serviço.” Qual foi a última vez que você leu algo assim nos livros que saem das editoras nos dias de hoje?

Trabalhar pela recompensa e alegrar-se com o que Deus nos tem dado por Sua graça é uma demonstração de fé Nele. A alegria que temos de trabalhar pela recompensa temporal e eterna deve-se a nossa crença de que Deus manterá Suas promessas. Trabalhar intensamente pela recompensa não muda a verdade de que fomos salvos pela fé, e isto não vem de nós mesmos, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras e para receber as recompensas. Devido a essa salvação gratuita por meio do sangue de Cristo, estamos livres para trabalhar pelas recompensas eternas e esperar por elas.

Quando o apóstolo Pedro confessou que ele e os outros discípulos tinham deixado tudo para seguí-Lo, Jesus prometeu-lhes: “Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, e não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna” (Lc 18:29-30). O Senhor encoraja Seus seguidores a trabalhar exaustivamente e a esperar recompensas.

Pouco depois de prometer a Seus discípulos recompensas por seguirem-No, Jesus chamou os doze de lado e disse- lhes que ia para Jerusalém para permitir que os judeus O entregassem aos gentios para ser zombado, insultado, cuspido, açoitado e morto, mas que Ele ressuscitaria ao terceiro dia. O Senhor Jesus advertiu que seguí-Lo custaria muito caro, mas Ele também prometeu: “Bendito sereis vós quando vos injuriarem, vos perseguirem e disserem todo tipo de falso testemunho contra vós por causa de mim. Alegrem-se porque grande é o vosso galardão no céu, pois da mesma maneira perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”

Ganhar o prêmio ou a recompensa é o que motiva os cristãos. O apóstolo Paulo escreveu desafiadoramente: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prémio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, a coroa incorruptível. Pois eu assim corro, não como sem meta: assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha, de alguma maneira, a ficar reprovado” (I Co 9:24-27). Você acha que Paulo esperava ser recompensando por isto? Através de suas cartas sabemos que sim. Todos serão recompensados de acordo com o que fizeram. “Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (I Co 3:8).

Alegrando-se nas Recompensas com Risos e Zombarias

A promessa de participar do julgamento com Cristo sobre Seus inimigos é dada àquele que é fiel, àquele que “guarda o que tem, para que ninguém tome a sua coroa” (Ap 3:11). Podemos chorar agora, mas vamos rir mais tarde. Podemos ser perseguidos agora por causa da nossa justiça, mas será nosso o Reino dos céus. Agora é a nossa vez de chorar e ser ridicularizados. Depois será a nossa vez de rir e zombar de nossos inimigos.

“Por que se amotinam as gentes e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre ó meu santo monte de Sião. Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me e eu te darei as nações por herança e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Salmo 2).

A esperança de reinar com Cristo é a nossa maior recompensa. “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (Ap 2:26-27). Nosso Senhor Jesus promete a Seus vencedores o que o Pai prometera a Ele.

A Autoridade da Igreja

No livro Destinado para o Trono, Paul Billheimer escreve:

“Após a volta dos setenta e seus relatos jubilosos de que até os demônios se sujeitaram a eles, Jesus responde com uma declaração das mais espantosas e alarmantes, cujo significado, aparentemente, tem escapado a muitos crentes. Ele anunciou, pela primeira vez, que tinha testemunhado pessoalmente a expulsão de Satanás do céu. Foi Sua palavra de autoridade que lançou Satanás, como um raio, do céu (Lucas 10:18). Agora Ele coloca em suas mãos a mesma palavra de autoridade, dizendo: ‘Entrego esta autoridade a vocês.’ ‘Eis que vos dou poder para pisardes serpentes (espíritos maus) e escorpiões (demónios) e todo o poder do inimigo (Satanás), e nada vos causará dano algum’ (Lucas 10:19; Hb 2:14-15).

“Esta é a Carta Magna da Igreja na sua luta contra Satanás. Eis aqui uma base clara e legal para a libertação da servidão e opressão de Satanás, e para ação ofensiva no conflito contra ele. Fica claro, nesta e noutras passagens, que Deus pretende que a Igreja verdadeira, e não Satanás, seja o fator controlador das questões humanas.

“Se Cristo foi exaltado como a Suprema Autoridade no universo e está agora sentado à destra do Pai exercendo toda a autoridade do Deus Pai, tanto no céu quanto na terra; e se a Igreja, como Seu Corpo, estiver organicamente unida com Ele como a Cabeça, onde isto coloca a Igreja? Pode haver outro local senão o trono com Cristo? E isto está de acordo com a declaração de Paulo em Efésios 2:6, onde diz que, depois de nos vivificar juntamente com Cristo, Deus nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez sentar nos lugares celestais em Cristo Jesus. Em outras palavras, já fomos legalmente entronizados com Cristo, porque estamos organicamente unidos a Ele e, portanto, já iniciamos, aqui e agora, nosso reinado com Ele. Estamos co- crucificados, co-ressurretos, co-exaltados e co-sentados com Cristo.”

“Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão” (II João.8)

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